O Custo da beleza? Uma hidrolipo e a vida de Paloma Lopes Alves e tantas outras.
- elennascimentoadv
- 3 de dez. de 2024
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Quanto Vale a Vida? A Reflexão que Não Podemos Ignorar
A triste morte de Paloma Lopes Alves, aos 31 anos, após uma hidrolipo em uma clínica sem licença, nos lembra de uma dura realidade: procedimentos estéticos, quando realizados fora de ambientes adequados, podem custar vidas.

O caso de Paloma, que sofreu uma parada cardiorrespiratória durante o procedimento, expõe os riscos de se optar por locais que não seguem as normas básicas de segurança. A clínica, interditada pela Vigilância Sanitária após o ocorrido, operava sem licenciamento, evidenciando um sistema falho tanto na fiscalização quanto na conscientização da sociedade.
A Segurança nos Procedimentos Estéticos
Intervenções como a hidrolipo não são procedimentos simples. São cirurgias invasivas que exigem infraestrutura hospitalar adequada para lidar com emergências e complicações. Quando feitas sem o devido preparo, as consequências podem ser fatais.

Como destacou o Conselho Regional de Medicina (Cremesp): “A banalização de qualquer procedimento cirúrgico compromete a segurança dos pacientes e contraria os princípios fundamentais da medicina.” A falta de exames prévios e consultas presenciais são práticas que ignoram a responsabilidade médica e aumentam os riscos, comprometendo o direito básico à vida.
O Papel da Vigilância Sanitária e da Responsabilidade Médica
A Vigilância Sanitária desempenha um papel essencial na garantia de que clínicas sigam padrões rigorosos. O caso de Paloma expõe a necessidade urgente de um monitoramento mais efetivo, evitando que locais sem estrutura adequada coloquem vidas em risco.

Mas a responsabilidade não recai apenas sobre os órgãos de fiscalização. Profissionais da saúde devem adotar uma postura ética e transparente, garantindo que os pacientes compreendam os riscos envolvidos. Como ressaltou o cirurgião Luiz Haroldo Pereira: “O cuidado com a vida do paciente começa antes da cirurgia, com avaliações criteriosas e uma relação de confiança entre médico e paciente.”
O Dever de Escolher com Consciência
A busca pela estética muitas vezes leva pessoas a ignorarem sinais de alerta, priorizando preços baixos ou promessas de resultados rápidos. Campanhas educativas podem ser decisivas para orientar a população sobre a importância de escolher profissionais qualificados e clínicas regulamentadas.
É essencial verificar licenças, exigir exames prévios e não abrir mão de uma consulta detalhada.
Conscientização: Um Compromisso Coletivo
Mais do que um caso isolado, a história de Paloma nos convida a refletir: quanto vale a vida? A resposta está em um esforço conjunto entre sociedade, órgãos fiscalizadores e profissionais de saúde. Não se trata apenas de criar leis ou aplicar sanções, mas de garantir que vidas não sejam perdidas em busca de um ideal estético.
A tragédia de Paloma não pode ser esquecida. Que sua história sirva de alerta para que decisões informadas e seguras se tornem a norma e não a exceção. Segurança em saúde é um direito e uma responsabilidade de todos.
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